COMO LIDAR COM A FALTA (EXTRAÍDO DO LIVRO PERCEPÇÕES) LUCIANE FIGUEIRÊDO
   24 de abril de 2023   │     3:58  │  0

O que nos faltou, O que nos falta

Determina como hoje somos

E muito do que ainda buscamos.

 

Não é fácil renunciarmos

Ao que a nossa natureza clama, Deseja,

Exige

E sente profunda falta.

Aí está a essência do nosso ser:

Seres incompletos é o que nós somos.

Como lidar com esses sentimentos De fragmentação e ineficiência?

Que fazermos para não quebrar? Como prosseguir vivendo

Sem nos tornarmos insanos? O que fazer para não sermos Vencidos pela tristeza?

COMPENSAÇÃO.

Compensar é a palavra de ordem. Substituir

E muitas vezes fingir fazer de conta.

 

Ah, falta, como és também importante em nossa vida! É através de ti que avançamos,

Que buscamos, Que caminhamos,

Que não aceitamos o jogo da vida

Como algo pré-determinado e terminado.

 

 

É, apesar da falta, temos de continuar.

Hoje passo em revista minhas compensações. Será que cheguei a um bom termo com elas? Às vezes sim, às vezes não.

Certas faltas ainda doem

E formam vazios dentro de nós.

 

Levanto os ombros

E tento ser maior do que as circunstâncias. Respiro profundamente

E entro em contato

Com todas as minhas faltas conscientes. Ainda sinto sua presença em minha vida. Agora elas têm nome.

Acolho-as contra o peito

E amparo-as com a percepção da maturidade e do bom senso.

 

Uma palavra mágica, de repente, Parece vir salvar todos nós:

ACEITAÇÃO.

Mas não é a aceitação meramente uma acomodação? NÃO.

É ter coragem de se ver

E de se reconhecer em suas próprias verdades.

 

Vamos em frente, companheiro. Falta é falta.

De agora em diante,

Vou lidar melhor com as minhas faltas.

Não vou nem ignorar nem desdenhar o seu valor. Elas simplesmente existem.

Vou aceitá-las como parte de minha história. Fazem falta e ponto fina

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About Luciane Figueiredo

Luciane Figueirêdo, natural de Alagoas, tem exercido a sua missão de educadora desde a sua adolescência. Seu contato e vivência por mais de 35 anos com a pessoa humana, em suas diferentes fases de vida, estimulam a sua sensibilidade na captação profunda dos sentimentos humanos. Daí, sua capacidade de escrever uma vasta obra sobre o que se passa no inconsciente e no consciente de todos nós. Revelar-se para si é muito difícil e muito mais quando revelar-se aos outros. Implica não ter mais volta, mesmo que se queira, porque nos tornamos públicos e aí temos testemunhas ou cúmplices, na melhor das hipóteses. No entanto, revelar-se é libertar-se como também o outro de ser refém de sua história pessoal, dos seus medos e de sua própria escravidão pessoal. É assim que sinto minha missão. Escrevi com a educadora Marília Silveira 65 livros para a Metodologia Lincoln Center. Como Life Coach e Psicanalista tenho uma obra de 26 l

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