O que nos faltou, O que nos falta
Determina como hoje somos
E muito do que ainda buscamos.
Não é fácil renunciarmos
Ao que a nossa natureza clama, Deseja,
Exige
E sente profunda falta.
Aí está a essência do nosso ser:
Seres incompletos é o que nós somos.
Como lidar com esses sentimentos De fragmentação e ineficiência?
Que fazermos para não quebrar? Como prosseguir vivendo
Sem nos tornarmos insanos? O que fazer para não sermos Vencidos pela tristeza?
COMPENSAÇÃO.
Compensar é a palavra de ordem. Substituir
E muitas vezes fingir fazer de conta.
Ah, falta, como és também importante em nossa vida! É através de ti que avançamos,
Que buscamos, Que caminhamos,
Que não aceitamos o jogo da vida
Como algo pré-determinado e terminado.
É, apesar da falta, temos de continuar.
Hoje passo em revista minhas compensações. Será que cheguei a um bom termo com elas? Às vezes sim, às vezes não.
Certas faltas ainda doem
E formam vazios dentro de nós.
Levanto os ombros
E tento ser maior do que as circunstâncias. Respiro profundamente
E entro em contato
Com todas as minhas faltas conscientes. Ainda sinto sua presença em minha vida. Agora elas têm nome.
Acolho-as contra o peito
E amparo-as com a percepção da maturidade e do bom senso.
Uma palavra mágica, de repente, Parece vir salvar todos nós:
ACEITAÇÃO.
Mas não é a aceitação meramente uma acomodação? NÃO.
É ter coragem de se ver
E de se reconhecer em suas próprias verdades.
Vamos em frente, companheiro. Falta é falta.
De agora em diante,
Vou lidar melhor com as minhas faltas.
Não vou nem ignorar nem desdenhar o seu valor. Elas simplesmente existem.
Vou aceitá-las como parte de minha história. Fazem falta e ponto fina
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