Há um vácuo de mãe
Nesta manhã de sábado
Dia de feira em Santana do Ipanema
Dia dos meus bois
E dos meus cavalos
De barro
E das alvissimas margaridas
Vendidas em ramalhetes
E dos tijolos açucarados
E das carnes no açougue
Que era chamado mercado
Há um vácuo de sábado
Nas tuas mãos de mãe morta
E enterrada no meu coração
Que hoje por ti amanheceu faminto
Parabéns! Queremos mais!