Apesar do dia ensolarado, fazia aquele friozinho típico de outono europeu. Como a loja se situava numa via cruzando o final da comprida Sloane Street, apressei o passo. O vento forte despenteava as árvores. Levantei a gola e, descendo a longa artéria, observei os táxis pretos trafegando pela esquerda, ou melhor, andando na “mão inglesa”, com seus motoristas dignamente sentados à direita, no lugar que é o do passageiro por aqui.
Author Archives: Chantal Jeanne Lafaye Frazão
Um curioso encontro – Londres, outubro de 2007
UM ENCONTRO ATRAPALHADO
7 de abril de 2023
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De: Sandra Mairinque <[email protected]>
Enviado: domingo, 20 de agosto de 2011
Para: Marcia Labroy <[email protected]>
Assunto: quero falar com você!
Cara Márcia, bom dia!
Tentei ligar para seu celular, mas foi impossível falar, pois você não atende. Minhas ligações caiam sempre na sua caixa postal. Eu quero tanto lhe revelar algo que aconteceu comigo! Só confio em você, a única pessoa com quem me abro. Resolvi então fazer o seguinte: irei escrever-lhe em detalhes uma estranha situação que experimentei. Você vai ficar a par de tudo. Depois, quero sua opinião sincera a respeito disso. Assim que você puder, ligue para mim! Eis aqui o relato:
<<Um tempo atrás, passei por uma experiência bastante inusitada. Foi quando inventei de ter uma troca com alguém que conheci através das redes sociais. Era amigo de uma conhecida minha. O homem tinha uma boa aparência e aparentava ter um ótimo nível sociocultural. Chama-se Fernando.
Tags:Chantal Frazão
O Par de Luvas Verdes
13 de março de 2023
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Alguns anos atrás, precisei pegar um voo para New York, onde meu marido passaria uma semana a trabalho. Após entrar em contato com a agência de viagens, decidimo-nos por um voo da Japan Airlines. Seria aquela a nossa primeira experiência com a companhia.
Na hora de embarcar, os funcionários do aeroporto mandaram os passageiros formarem duas filas: a business class, à esquerda, e a classe econômica, à direita. Na executiva, praticamente só havia… executivos! Todos eles japoneses, menos eu e meu esposo. Enquanto isso, os turistas brasileiros, da classe econômica, compunham uma fileira agitada e barulhenta. Foi então que pude observar a tremenda discrepância entre os dois grupos.
Como os japoneses são, racial e etnicamente, o povo mais homogêneo do mundo, notava-se a espantosa semelhança dos executivos prestes a subir no avião. Tinham todos o mesmo padrão físico: eram esguios e mediam em torno de 1,75m de altura. Nem mais baixos, nem mais altos. Todos possuíam, obviamente, os olhos puxados e os cabelos negros, curtos e lisos. Todos vestiam sisudos ternos pretos de corte impecável. Todos eles carregavam uma maletinha, do tipo James Bond. A mão livre permanecia enfiada no bolso da calça. De tão parecidos, aparentavam ter sido fabricados a partir do mesmo molde.