Author Archives: Marcos David Lemos de Melo

About Marcos David Lemos de Melo

Nascido em Palmeira dos Índios em 03/12/1949. Médico especialista em Radioterapia pela Sociedade Brasileira de Radioterapia /AMB. Chefe do Serviço de Radioterapia da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Professor Titular de Oncologia da UNCISAL, aposentado. Ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia.1º Secretário da Mesa Administrativa da Santa Casa de Maceió. Membro titular da Academia Alagoana de Letras, com acento na cadeira de número 26. Membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL). Membro Fundador da Academia Alagoana de Medicina. Livros Publicados: Pelos Caminhos da Vida; O Pinto No Passo; Pedacinhos Coloridos de Saudades; Os Sete Coqueiros. Articulista de Gazeta de Alagoas, desde 1990.

PENEDO
   19 de fevereiro de 2024   │     8:52  │  0

Diz a lenda que D. Pedro II ao visitar a cidade de Penedo em 1859 ficou tão encantado que afirmou ser aquela cidade tão bonita que deveria ser a capital da província. Antes disso ,em 1637 , durante a dominação holandesa, entre as duas cidades ocupadas por Maurício de Nassau — Porto Calvo e Penedo –, foi Penedo a que mais lhe agradou, tendo permanecido ali por mais de 8 anos e de lá só saindo pela força das armas.

Da sua história rica e gloriosa, Penedo guarda belos casarões, distribuídos pela cidade alta e principalmente na baixa, muitos deles à beira do rio São Francisco, inclusive aquele que abrigou o monarca brasileiro, que conforme conta a lenda, ao seguir para o exílio em um navio chamado “Alagoas”, teria exclamado :” Por que não me levam para Penedo?”. Carlos Mero, penedense membro da Academia Alagoana de Letras (AAL), que passa parte do ano na distante Lisboa, escreve:” Nasci e me criei em Penedo. Parti mal havia cumprido a adolescência, mas eis que trouxe Penedo comigo e comigo o tenho até hoje. Não haverá de me largar nunca. Nem eu a ele. As memórias que guardo da meninez e da juventude são parte do que sou. E Penedo está sempre lá. É uma questão de amor, de dependência afetiva. Chego a acreditar que Penedo é o melhor pedaço de mim”. Continue reading

DECRETO LIBERTADOR
   12 de janeiro de 2024   │     7:52  │  0

Em seu clássico “Contos Tradicionais do Brasil” Câmara Cascudo na seção dedicada aos animais expõe o “Decreto Libertador”. Segundo Cascudo:” Existia um descontentamento muito grande. Inimizades degeneravam em consequências prejudiciais. No reino animal entendia o leão que poderia acabar com esse estado de coisas baixando um decreto. Um decreto que viesse regular a vida — e que acabasse com as competições”.

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Viva e atuante
   14 de agosto de 2023   │     3:36  │  0

Caso alguém goste de comida, música, danças, lendas e mitos que tenham relação com uma região ou lugar, esse conjunto de expressões culturais populares que englobam aspectos da identidade local, regional ou nacional, essa pessoa pode até não reconhecer, mas gosta de folclore. Os exemplos são as cozinhas típicas, como a baiana, com suas moquecas, acarajés, abarás, o caruru e o vatapá. No restante do Nordeste, a carne de sol, a buchada, o sarapatel. A cozinha mineira, com seus leitões à pururuca e o tutu de feijão. No Sul o pinhão assado, o barreado e o churrasco. No Centro-Oeste a galinhada e o arroz com pequi. No Norte, a maniçoba, o tacacá e o pato ao tucupi.

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Paradoxo da tolerância
   26 de julho de 2023   │     7:16  │  0

Paradoxo da tolerância
A expressão da opinião é uma das bases de sustentação de uma sociedade democrática. Essencialmente, ela garante a todas as pessoas o direito de exprimir a suas opiniões. A pluralidade de uma sociedade concede-lhe uma multiplicidade de pensamentos e daí, é fundamental que essa sociedade democrática conte com um ingrediente básico:a tolerância. É a tolerância, quem determina o que devemos estar dispostos a ouvir e conviver, mesmo que sejam com opiniões e manifestações divergentes das nossas.

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A medicina e a literatura
   30 de março de 2023   │     8:48  │  0

Medicina e literatura. Médicos-escritores. Não é difícil citar vários exemplos. Rabelais, Tchekhov, Conan Doyle,  William C. Wiliam, Somerset Maugham, Celine, Jorge de Lima, Miguel Torga, Peregrino Júnior, Pedro Nava, Guimarães Rosa, Dyonélio Machado ,Cyro Martins, Lobo Antunes e Milton Hênio Neto de Gouveia, para citar apenas um entre os esculápios alagoanos que escrevem na atualidade. Mas é possível estabelecer uma relação precisa, uma associação causal , por assim dizer , entre medicina e literatura? Para isso seria preciso um estudo mais aprofundado da questão, seria preciso comparar a incidência da produção literária nas várias profissões eventualmente exercidas pelos escritores, quando (exceção) não se dedicam unicamente à literatura. No fundo, várias são as razões que levam as pessoas a escrever: a vida e a morte, o amor, a felicidade, a tristeza, o mundo e o universo…enfim tudo o que ao ser humano possa interessar.

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